Pesquisas apontam que 2022 pode ter menor taxa de votos nulos ou em branco desde 1994

A apenas um mês do primeiro turno das eleições, pesquisas apontam que a maior parte dos brasileiros já escolheu o candidato em quem votará para presidente. Segundos dados do levantamento Datafolha mais recente, anunciado na última quinta-feira (1),  apenas 4% dos eleitores decidiram pel

Na pesquisa anterior, publicada em 18 de agosto, os eleitores que pretendiam votar nulo ou em branco eram 6%. A diferença, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, pode ser responsável pelo aumento de intenções de voto em nomes da chamada terceira via – como Simone Tebet (MDB), que subiu de 2% para 5%; ou Ciro Gomes (PDT), que foi de 7% para 9%.

Apesar de também ter sido influenciado por forte polarização, o cenário em 2018, por exemplo, era bem diferente. A indefinição sobre a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ter motivado a indecisão de parte do eleitorado.

Um mês antes das eleições, 15% dos eleitores afirmaram ao Datafolha que votariam nulo ou em branco. No primeiro turno, os votos em branco foram 2,65%, e os nulos, 6,14% – as duas opções, juntas, somam 8,79%. Além de 2018, apenas em 1994 a previsão também ficou acima da realidade: de 6% na pesquisa para 4,06% nas urnas.

Nas outras cinco eleições para presidente (de 1998 a 2014), a diferença entre a pesquisa Datafolha a um mês do pleito e o resultado do primeiro turno variou de três a cinco pontos percentuais.

A maior mudança foi observada em 2002, quando quem pretendia votar em branco ou nulo foi de 5% a 10,29% (equivalente a 9.849.827 pessoas). Naquele ano, o ex-presidente Lula foi ao segundo turno contra o tucano José Serra (PSDB).

 

Hits: 0