A 24 dias das eleições, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não conseguiu sucesso na ofensiva de abrir canais de diálogo com a cúpula das Forças Armadas. Desde o início do ano passado, interlocutores do candidato do PT ao Palácio do Planalto tentaram se aproximar de oficiais-generais influentes na caserna. A intenção foi barrada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
A orientação no Exército é que qualquer contato político ou solicitação de candidatos sejam direcionados para avaliação do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, que é subordinado direto de Bolsonaro. O presidente sempre teve as Forças Armadas como base eleitoral e já deu demonstrações de que não aprova contatos de integrantes do governo com a oposição.
No auge da pandemia de covid-19, Bolsonaro desautorizou o Ministério da Saúde a negociar diretamente com a gestão do tucano João Doria no governo de São Paulo, quando a vacina Coronavac estava na fase de desenvolvimento.
Mais tarde, o governo acabou comprando vacinas, mas, enquanto pôde, o presidente retardou as tratativas com o governo do adversário político. O episódio ficou explícito quando o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse: “É simples assim: um manda e o outro obedece.”
Por: IstoÉ
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