Alemanha expulsa 40 diplomatas russos após ataque em Bucha, na Ucrânia

Alemanha determinou a expulsão de 40 diplomatas russos residentes no país. O ato é uma resposta do governo do país aos assassinatos ocorridos na cidade ucraniana de Bucha, supostamente cometidos por membros das tropas militares da Rússia.

Em gravações divulgadas nesse domingo (3/4), é possível ver cenas fortes da tragédia na cidade. As imagens mostram ao menos 20 cadáveres no chão e em valas comuns.

O episódio foi fortemente repudiado pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que classificou o ataque como “genocídio”. Ele esteve na cidade nesta segunda (4/4).

“Estes são crimes de guerra e serão reconhecidos pelo mundo como genocídio”, afirmou.

O líder ucraniano chamou as forças russas de “carniceiras, estupradoras e saqueadoras” e pediu mais sanções contra o inimigo.

Haia

O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, pediu ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda, que investigue o caso.

“Enviem suas missões a Bucha e a outras cidades libertadas, em cooperação com as agências policiais ucranianas, para coletar todas as evidências desses crimes de guerra”, afirmou em entrevista a uma rádio do Reino Unido.

Rússia nega

O governo russo nega que tenha feito o ataque. O Kremlin pediu uma análise oficial do que chamou de “provocação” ucraniana.

Alexander Bastrykin, chefe do Comitê de Investigação da Rússia, determinou a abertura de um inquérito para apurar se a Ucrânia espalhou “informações deliberadamente falsas” sobre as forças armadas russas, segundo um comunicado do comitê.

A Rússia alega que as imagens do massacre foram encenadas e editadas pelos Estados Unidos e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Os russos convocaram uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir o que chamou de “provocações odiosas” da Ucrânia.

 

 

Por Metrópoles

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