Segundo o levamento do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), em decorrência da liberação do auxílio emergencial para metade da população brasileira, o Brasil registrou no mês de junho a menor taxa de pobreza extrema nos últimos 40 anos.  

O pesquisador Daniel Duque destacou que os níveis são os menores já registrados por todas pesquisas domiciliares brasileiras, mas disse que a comparação não é perfeita porque a abrangência do modelo dos levantamentos mudou ao longo dos anos.

A análise mostra que 3,3% da população viviam em junho com renda domiciliar per capita de US$ 1,90 por dia — o equivalente a R$ 154 mensais por membro da família. Estima-se que aproximadamente 6,9 milhões de pessoas vivem nessa situação.

Outras pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) — com metodologias diferentes e limitações comparativas — sugerem que a miséria está no menor nível desde, ao menos, o início da década de 80. O melhor momento até então havia sido em 2014, quando estava em 4,2%, a mesma proporção de maio deste ano.