Contra loteria e repasses a ônibus, oposição obstrui votação na CLDF

Duas pautas consideradas importantes pelo Governo do Distrito Federal não passaram por votação na Câmara Legislativa (CLDF) na sessão desta terça-feira (3/5) graças à mobilização da oposição. Por falta de quórum, não foi possível apreciar o projeto que cria a loteria distrital e nem o PL responsável por destinar mais de R$ 500 milhões às empresas de ônibus na capital.

No momento em que os projetos seriam votados, havia 14 parlamentares presentes, apenas um a mais do que o mínimo necessário para que os itens entrem em pauta. Em uma rápida reunião, Arlete Sampaio (PT), Chico Vigilante (PT), Fábio Felix (PSol), Leandro Grass (PV) e Reginaldo Veras (PV) decidiram que iriam obstruir a votação.

“Duas empresas do DF não cumpriram o que foi acordado aqui nesta Câmara, que era encaminhar em 60 dias os contratos assinados da renovação da frota. Portanto, peço que seja retirado de pauta esse item”, disse Vigilante.

Rodrigo Delmasso (Republicanos), da base do governo, argumentou que a votação seria necessária a fim de garantir o pagamento aos trabalhadores. “Há um contrato assinado, o GDF não está conseguindo honrar com seus compromissos e isso pode prejudicar milhares de trabalhadores que estão no transporte coletivo do DF”, disse.

A oposição, no entanto, se manteve irredutível. Vigilante chegou a conversar com o líder do governo, deputado Hermeto (MDB), dizendo que se os dois itens fossem retirados de pauta, a sessão poderia continuar. O governista entendeu que não poderia abrir mão do crédito às empresas de ônibus e o impasse continuou.

Foi feita a recomposição de quórum e, sem os cinco opositores, restaram apenas 9 parlamentares no plenário. Dessa forma, a sessão foi encerrada sem apreciação dos projetos.

No fim dos trabalhos, o deputado Hermeto lamentou que a base do governo não compareceu para garantir a votação. “Tentei chamar todos, pois era algo muito importante que tudo fosse votado hoje. Amanhã [quarta-feira] vou tentar novamente fazer a mobilização para a gente votar logo e limpar a pauta”, comentou.

 

 

Por Metrópoles

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