Covid-19: Equador entra em colapso sanitário

Devido à pandemia causada pelo novo coronavírus, o sistema de saúde e o serviço funerário do Equador entraram em colapso. O governo criou há 3 semanas uma força tarefa que já recolheu, somente na cidade de Guayaquil, 700 corpos em casas e nas ruas.

O Equador registrou o primeiro caso de Covid-19 no dia 29 de fevereiro. Desde o dia 21 de março, os equatorianos vivem o toque de recolher. Atualmente, as pessoas podem sair às ruas apenas entre 5h da manhã e 14h.

O país de 17 milhões de habitantes registra até o momento cerca de 7.500 casos confirmados de Covid-19, 500 pessoas recuperadas e com alta médica e 333 falecidos com a confirmação da doença. No entanto, há ainda outros 338 casos de pessoas consideradas “falecidas provavelmente de covid-19”.

“Não se consegue fazer os testes antes, (os doentes) morrem sem fazer os testes, e não há espaço para fazer as autópsias e os reconhecimentos dos corpos. Então, simplesmente colocam nos atestados de óbito que essas pessoas morreram por alguma doença respiratória”, afirmou Cynthia Viteri, prefeita de Guayaquil.

A cidade de Guayaquil é considerada o epicentro da doença no país, com cerca de 70% de todos os casos de contaminação. Veículos de comunicação mostram a batalha de dezenas, talvez centenas, de equatorianos que procuram localizar os corpos de seus parentes para poder enterrá-los.

O presidente do Equador, Lenín Moreno, anunciou o corte de 50% nos salários dele, do vice-presidente, de ministros e vice-ministros, funcionários do gabinete da presidência e de outros funcionários públicos.

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