A vacina contra o novo coronavírus que está sendo testada no Brasil, desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, pode ficar disponível à população ainda no ano de 2020. A afirmação foi feita por Maria Augusta Bernardini, diretora-médica do grupo farmacêutico anglo-sueco Astrazeneca.
“Esperamos ter dados preliminares quanto a eficácia real já disponíveis em torno de outubro, novembro”, afirma Bernardini, que acrescentou: “Vamos sim analisar, em conjunto com as entidades regulatórias mundiais, se podemos ter uma autorização de registro em caráter de exceção, um registro condicionado, para que a gente possa disponibilizar à população antes de ter uma finalização completa dos estudos”.
Segundo ela, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem se mostrado disposta a apoiar. A vacina está atualmente na fase três de testes. Isso significa, de acordo a Unifesp, que a vacina se encontra entre os estágios mais avançados de desenvolvimento.
“O Brasil é um grande foco de crescimento, de mortalidade, o que nos coloca como ambiente propício para demonstrar o potencial efeito de uma vacina. Para isso precisamos ter o vírus circulante na população e esse é o cenário que estamos vivendo”, disse Bernardini.