Debate TV Globo: os detalhes da preparação de Lula e Bolsonaro para o embate final

Depois de uma campanha que mobilizou — e polarizou — o país, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) chegam a esta antevéspera do segundo turno com um embate decisivo marcado para a noite desta sexta-feira no debate promovida pela TV Globo, com transmissão ao vivo a partir das 21h30. O encontro mediado pelo jornalista William Bonner é visto como a última oportunidade para se criar um fato com potencial de alterar a reta final de uma eleição que, segundo as pesquisas de intenção de voto, pode ser uma das mais apertadas da História recente. Pondo frente a frente propostas distintas para o futuro do país, será um dos atos derradeiros de uma disputa em temperatura elevada, atravessada por fake news e com acusações de mútuas de corrupção.

Conheça os preparativos dos dois para o debate e relembre detalhes importantes sobre o cenário eleitoral no qual ele ocorrerá.

 

Nas pesquisas, uma disputa acirrada

 

Os dois presidenciáveis chegam às últimas horas de campanha com pouca diferença entre eles nas principais pesquisas de intenção de voto. Num cenário que se manteve estável durante quase todo o segundo turno, Lula lidera com cinco pontos percentuais de vantagem no Datafolha e sete pontos no Ipec. Na primeira pesquisa, divulgada nesta quinta-feira, o petista tem 49% dos votos totais, contra 44% de Bolsonaro. Já no Ipec mais recente, divulgado na segunda-feira passada, o ex-presidente tinha 50%, frente a 43% dos atuais chefes do Executivo.

Ambas as pesquisas revelam ampla vantagem do candidato do PT no Nordeste do país, enquanto Bolsonaro tem mais folga na região Sul. Por renda familiar, o petista se sobressai entre os mais pobres e, Bolsonaro, entre os mais ricos. Os estratos religiosos também indicam amplas diferenças em como o Brasil deve votar neste domingo. Os evangélicos tendem majoritariamente para Bolsonaro. Lula aparece na frente entre os católicos.

 

Mudanças de clima

 

O sprint final da corrida presidencial se dá com uma “troca de climas” nos QGs de Lula e Bolsonaro. Após o resultado do primeiro turno melhor do que se esperava nos levantamentos de intenção de voto, o otimismo parecia estar do lado da campanha do atual presidente. Apesar de polêmicas, como a turbulenta aparição do candidato na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, as pesquisas indicavam resiliência do eleitorado pró-Bolsonaro. As controvérsias não pareciam prejudicar seu desempenho, jogando a tensão no colo da equipe de Lula.

Por: O Globo

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