“Dengue tem castigado”, diz Ibaneis sobre a doença no Distrito Federal

Diante do aumento expressivo de infecções, o governador Ibaneis Rocha (MDB) avalia que a dengue castiga o Distrito Federal. Além da doença, o chefe do Executivo local está preocupado com a fila de 20 mil cirurgias eletivas e outros problemas da rede pública de Saúde. Por isso, prometeu reforçar as ações do governo e fazer novas contratações de servidores públicos. O emedebista comentou a situação no início das obras para a instalação de aparelho de ressonância magnética no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), na manhã desta terça-feira (26/4).

Ibaneis demonstrou preocupação com o avanço da dengue. “Ela tem castigado. Esse ano foi um ano de muitas chuvas. A gente sabe da dificuldade. Houve um crescimento da dengue em todo o Brasil. E aqui em Brasília não foi diferente. O que a gente tem feito é um trabalho conjunto com a Defesa Civil e com o Corpo de Bombeiros, visitando a casa das pessoas e com grande divulgação na imprensa”, comentou.

Mesmo com a alta nas infecções, o número de óbitos não disparou no DF. “Graças a Deus, nesse ano, o número de mortes não tem sido tão grande”, ponderou. Em 2022, o DF registrou 29.480 casos suspeitos de dengue, dos quais 26.813 eram prováveis. Houve uma morte em Sobradinho 2.

O emedebista também está preocupado com os problemas da rede, a exemplo da falta de profissionais.

“A gente tem trabalhado muito nessa contratação. Todos os profissionais dos concursos têm sido chamados, e a gente vem chamando cada vez mais. Estamos abrindo novos concursos na Secretaria de Saúde”, afirmou.

Mas Ibaneis admitiu a atual dificuldade para a contratações, especialmente diante da concorrência com a iniciativa privada na disputa pelos profissionais de alta capacitação.

Mesmo diante do cenário adverso, o governador prometeu manter o foco nessa questão. “Nós não temos economizado nas contratações para a Saúde”, resumiu.

Segundo o Secretário de Saúde, general Manoel Pafiadachi, atualmente, o principal gargalo da rede é a falta de anestesistas, justamente porque os profissionais são indispensáveis nas salas de cirurgia. Segundo o governo, a fila é consequência da suspensão dos procedimentos durante a pandemia da Covid-19.

Ressonância magnética

O HCB informou que os exames de ressonância magnética estarão à disposição dos pacientes a partir de setembro de 2022. O procedimento é um auxílio importante no tratamento de doenças degenerativas neurológicas, tumores em geral e encefalites, entre outras doenças.

Segunda a Secretaria de Saúde, o investimento é de, aproximadamente, R$ 10 milhões. Após a instalação do equipamento e o treinamento da equipe, a ressonância atenderá até 330 crianças por mês.

Fabricado pela empresa Philips, o aparelho utilizado para os exames foi adquirido em março. Trata-se de um equipamento apropriado para casos graves e complexos, capaz de gerar imagens de alta resolução para diagnósticos mais confiáveis.

O novo equipamento complementa o setor de exames de imagem do HCB, que inclui raio-X e tomografia computadorizada. O hospital continuará a realizar tomografias nos casos em que há indicação.

 

Por Metrópoles

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