Deputados criticam passagem do Cave para iniciativa privada

O lançamento de edital para revitalização, pela iniciativa privada, do complexo conhecido como Cave, no Guará, que inclui equipamentos como clube de vizinhança, ginásio esportivo, estádio, além de centro cultural, foi repudiado durante a sessão ordinária da Câmara Legislativa desta quarta-feira (23).

A deputada Arlete Sampaio (PT), dizendo-se “indignada” com a decisão, destacou que, “em vez de dialogar com o setor cultural da cidade para encontrar soluções que possam otimizar o espaço, o GDF pretende entregá-lo ao setor privado e, com isso, a população terá de pagar para usar”.

Na opinião do deputado Professor Reginaldo Veras (PDT), o governo mantém um padrão: “Deixa o patrimônio público se deteriorar para, em seguida, justificar a necessidade se concedê-lo ao setor privado”.

Citando o deputado Hermeto (MDB), o distrital lembrou iniciativa que revitalizou parque na região do Núcleo Bandeirante e Candangolândia, a partir de repasses governamentais e emendas parlamentares. “Hoje a área é utilizada pelos estudantes e a comunidade”, observou.

Consultas públicas

No texto de divulgação da licitação, a Secretaria de Projetos Especiais do GDF diz que houve consulta popular antes do lançamento do edital. “Duas consultas públicas foram feitas para a que a população pudesse interagir com sugestões e questionamentos. A primeira delas ocorreu em outubro de 2020; a segunda, em janeiro de 2021”.

Para o local, que tem uma área de 393.778,772 m² pertencente ao Governo do Distrito Federal (GDF), estima-se o valor do investimento e do contrato por parte da concessionária em R$ 31.768.396,71 milhões, por 30 anos de concessão.

Por Agência CLDF

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