Educação: o que dizem os planos de governo dos candidatos à Presidência

O próximo presidente da República terá como desafio mitigar os danos causados pela pandemia da Covid-19 na educação, entre eles combater a evasão escolar e desenvolver programas de recuperação de aprendizagem.

Ainda enfrentará reflexos de uma crise na gestão da área dentro da própria estrutura federal:

 

Confira a seguir detalhes de cada proposta. A ordem é a mesma em que os candidatos aparecem na última pesquisa de intenção de votos.

 

Lula (PT)

 

O candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 19 de agosto de 2022.  — Foto: ISAAC FONTANA/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 19 de agosto de 2022. — Foto: ISAAC FONTANA/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

No programa de governo, o ex-presidente Lula (PT) diz que seu objetivo é “resgatar e fortalecer os princípios do projeto democrático de educação, que foi desmontado e aviltado”. Para isso, pretende fortalecer a educação pública, laica e inclusiva.

O texto menciona os seguintes projetos:

 

  • assegurar a política de cotas sociais e raciais, tanto nas universidades federais quanto nos concursos públicos;
  • garantir o direito à educação das pessoas com deficiência, investindo em tecnologias assistivas;
  • universalizar o acesso à internet de qualidade, principalmente de escolas públicas;
  • promover políticas de inclusão e permanência na educação de pessoas LGBTQIA+;
  • assegurar o direito de crianças brincarem;
  • combater todas as formas de discriminação.

 

 

 

 

Jair Bolsonaro durante entrevista concedida ao Flow Podcast. — Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro durante entrevista concedida ao Flow Podcast. — Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, coloca como objetivo de seu programa de governo melhorar a posição do Brasil em rankings de educação, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).

Ele propõe:

 

  • aprofundar, em sala de aula, temas como inteligência artificial, programação, internet das coisas e segurança cibernética, para formar profissionais para o mercado de trabalho;
  • qualificar professores para que lecionem as disciplinas “sem conotações ideológicas que apenas distorcem a percepção de mundo”;
  • ampliar o combate à violência institucional contra crianças e adolescentes, tendo os pais como agentes principais da educação (não o Estado);
  • direcionar o dinheiro público para o financiamento de pesquisas que atendam às necessidades de desenvolvimento do país (como em saúde e tecnologia);
  • construir novas creches;
  • manter a Política Nacional de Alimentação Escolar (PNAE);
  • aumentar o acesso de crianças e adolescentes à escola;
  • dar continuidade à recuperação do ensino de alunos prejudicados pelo fechamento das escolas na pandemia;
  • fortalecer planos de carreira de professores.

 

 

 

Ciro Gomes (PDT)

 

Ciro Gomes — Foto: SUAMY BEYDOUN/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Ciro Gomes — Foto: SUAMY BEYDOUN/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

No programa de governo, Ciro Gomes estipula como meta implementar o “mais revolucionário programa de educação pública da história brasileira”, capaz de colocar o país entre os 10 melhores do mundo neste segmento em até 15 anos.

Para isso, ele pretende:

 

  • montar um corpo técnico capaz de pensar em formas de financiamento e de uso de novas tecnologias;
  • implementar gradualmente o ensino integral;
  • disseminar o ensino médio profissionalizante, com estágios remunerados;
  • aprimorar o modelo pedagógico usado atualmente nas escolas, para que esteja mais ligado à realidade dos alunos;
  • adotar um programa de formação e capacitação de professores;
  • criar incentivos financeiros para que boas iniciativas na educação sejam premiadas;
  • elaborar o Programa de Alfabetização na Idade Certa;
  • definir metas de aprendizagem para cada ciclo de ensino;
  • monitorar escolas com desempenho inferior ao da média;
  • reforçar as práticas de busca ativa por alunos que faltaram às aulas;
  • desenvolver competências socioemocionais nos estudantes;
  • valorizar professores e diretores escolares.

 

 

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Candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, em Curitiba — Foto: Reprodução/RPC

Candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, em Curitiba — Foto: Reprodução/RPC

Simone Tebet (MDB) afirma que seu programa de governo coloca a educação “no topo das prioridades”, recuperando o protagonismo do Ministério da Educação (MEC) na coordenação das políticas nacionais.

Para alcançar esses objetivos, a candidata pretende:

 

  • investir em educação integral e no novo ensino médio;
  • enfatizar a importância do ensino profissionalizante;
  • erradicar o analfabetismo;
  • combater a evasão escolar;
  • capacitar professores para a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC – documento que estipula os conteúdos obrigatórios a serem ensinados nas escolas);
  • apoiar municípios na ampliação da oferta de vagas em creches e na pré-escola;
  • valorizar os docentes da educação infantil e fazer uma melhor integração entre essa etapa e o ensino fundamental;
  • garantir que as crianças estejam alfabetizadas até o segundo ano do ensino fundamental;
  • criar a “Poupança Mais Educação”, para incentivar os jovens de baixa renda a concluírem o ensino médio;
  • incrementar as atividades de pesquisa nas universidades;
  • ampliar as formas de financiamento de mensalidades no ensino superior;
  • regulamentar e implementar o Sistema Nacional de Educação (com a colaboração entre os entes federativos);
  • melhorar a infraestrutura das escolas;
  • incentivar a formação de professores;
  • apoiar a saúde mental dos estudantes e dos docentes;
  • garantir a inclusão escolar de crianças e jovens com deficiência.

Por: G1

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