Em meio a aperto no mercado global de gás, importações no Brasil sobem 187%

RIO — A escalada global do bloqueio ao gás russo ocorre em um momento em que o Brasil está cada vez mais dependente do GNL (gás natural liquefeito, em estado líquido) importado.

Os Estados Unidos anunciaram na terça-feira que deixarão de comprar petróleo, GNL e carvão da Rússia, em retaliação à invasão da Ucrânia. Ao mesmo tempo, a União Europeia anunciou planos de reduzir sua dependência do gás russo, que chega ao continente via dutos. Uma das alternativas, segundo especialistas, poderá ser o uso do GNL.

Excedente: Petrobras deve usar crise para diversificar exportações de petróleo.

Opções: Proposta para subsidiar combustíveis avança no governo, mas tema ainda segue indefinido. 

Portugal Giro: Porto de Sines é alternativa de Portugal para levar gás de outros países à Europa.

O aperto no mercado global de GNL (tipo de gás usado para transportes em longa distância por navios, quando não há dutos conectando o produtor e o consumidor) vem num cenário em que a economia brasileira viu as importações deste produto subirem 187%.

Após enfrentar a maior crise hídrica dos últimos 91 anos, as compras de GNL subiram entre 2020 e 2021 para abastecer, sobretudo, as termelétricas.

 

Por O Globo

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