Empresário acusado do genocídio de Ruanda teve papel ‘substancial’, diz tribunal

Félicien Kabuga, homem que supostamente financiou o genocídio em Ruanda em 1994, teve um papel “substancial” no massacre étnico da minoria tutsi, afirmou a acusação na abertura de seu julgamento em Haia. “Vinte e oito anos depois dos acontecimentos, este julgamento pretende fazer com que Félicien Kabuga preste contas por seu papel substancial e intencional neste genocídio”, afirmou o promotor Rashid S. Rashid no tribunal das Nações Unidas.

O ex-empresário, que tem 87 anos e acompanhou uma audiência em agosto em uma cadeira de rodas, não compareceu nesta quinta-feira ao tribunal. Kabuga, um dos últimos principais suspeitos do massacre que devastou o país africano, era um dos homens mais ricos de Ruanda em 1994. Ele é julgado por ter colocado sua fortuna e suas redes a serviço do genocídio que, segundo a ONU, provocou mais 800.000 mortes, principalmente entre a minoria tutsi.

Em 1994, Kabuga era presidente da infame Rádio e Televisão Livre das Mil Colinas (RTLM), que divulgou pedidos de assassinato dos tutsis.

 

Por Uol Notícias

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