Ex-gerente da Petrobras transferiu milhões para contas suíças

O ex-gerente de serviços da Petrobras, Pedro José Barusco Filho, transferiu dinheiro do Brasil para contas secretas na Suíça. Barusco realizou as movimentações dias após a Operação Lava Jato eclodir em 2014, com o objetivo de esconder o dinheiro da Justiça.                       

As informações fazem parte do ato de acusação contra o doleiro Bernardo Freiburghaus, apontado na Operação Lava Jato como a pessoa que fazia pagamentos e operava as contas dos ex-diretores da Petrobras e da Odebrecht. Ele será julgado na Suíça no final de fevereiro. Esse é o primeiro caso envolvendo a Lava Jato a chegar nos tribunais suíços.

Freiburghaus cooperou com as investigações no Ministério Público em Berna, ajudando os procuradores a decifrarem os destinos do dinheiro no caso de corrupção. Ao fechar o acordo, ele reconheceu os crimes e deu detalhes de como foram os dias que mudaram a história da política brasileira.

Nos detalhes informados por Freiburghaus, um dos episódios refere-se à tentativa dos ex-dirigentes da Petrobras de levar às pressas dinheiro para contas na Suíça. Barusco esteve no país europeu entre o final de fevereiro e março de 2014. Freiburghaus o acompanhou em visitas a cinco bancos.

“Após o seu retorno ao Brasil, o caso Lava Jato eclodiu, especialmente uma prisão do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, no dia 20 de março de 2014”, informa um documento da justiça suíça. “Nos dias que se seguiram, Barusco Filho foi até o escritório de Freiburghaus no Rio de Janeiro para depositar a uma quantia de US$ 1,95 milhão, que ele escondia em dinheiro e em diversas moedas”, completou.

Barusco fechou um acordo de delação premiada em 2014 no Brasil. Ele foi condenado a 15 anos de prisão, convertidos em pena semi-aberta. Ele ainda devolveu US$ 97 milhões aos cofres públicos.

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