Governo suspende nomeação do presidente da Fundação Palmares

Foi publicado na edição extra do “Diário Oficial da União” ontem (11) a decisão do governo do presidente Bolsonaro em suspender a nomeação de Sérgio Nascimento de Camargo para a presidência da Fundação Cultural Palmares.

O motivo da decisão foi por conta de uma publicação de Sérgio antes de ser nomeado que dizia:  “Racismo real existe nos Estados Unidos. A negrada daqui reclama porque é imbecil e desinformada pela esquerda”. Esse comentário ganhou uma repercussão negativa nas redes sociais.

Ele ainda afirmou que o Dia da Consciência Negra deveria ser abolido nacionalmente por decreto presidencial e acrescentou: “causa incalculáveis perdas à economia do país, em nome de um falso herói dos negros (Zumbi dos Palmares, que escravizava negros) e de uma agenda política que alimenta o revanchismo histórico e doutrina o negro no vitimismo”.

Líderes dos movimentos reagiram: “O movimento negro, ele surge no primeiro negro que foge da senzala. No primeiro negro que se volta contra a escravidão. Aqui, surge o movimento negro. Então, o movimento negro vem lá da época de Zumbi, das Dandaras. Não tem nada a ver com esquerda ou direita”, afirmou Silvio Henrique, do Conselho da Igualdade Racial.

No dia 03 de novembro, Sérgio Nascimento postou em rede social dizendo que: “sente vergonha e asco da negrada militante. Às vezes, pena. Se acham revolucionários, mas não passam de escravos da esquerda”.

Após grande repercussão no dia 04 de novembro, o juiz Emanuel José Matias Guerra, da 18ª Vara Federal do Ceará, suspendeu a nomeação do cargo, alegando que as publicações de Sérgio Nascimento possuem o “condão de ofender justamente o público que deve ser protegido pela Fundação Palmares”.

Após decisão, a portaria do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, decidiu suspender a nomeação.

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