Hotel na Somália é alvo de ataque de grupo extremista; quatro morrem

Ao menos quatro pessoas morreram em um hotel de Mogadíscio ocupado desde a noite de domingo (28) por combatentes do grupo jihadista Al-Shabab, indicou nesta segunda-feira (28) à AFP um responsável das forças de segurança da Somália. Tiros e explosões ainda foram ouvidos mais de 12 horas depois que os combatentes invadiram o hotel perto do palácio presidencial.

Mohamed Dahir, funcionário da agência de segurança nacional, disse à AFP que os criminosos se refugiaram em um quarto do hotel Villa Rose e estavam cercados por forças do governo. “Até agora confirmamos a morte de quatro pessoas”, disse, acrescentando que outras pessoas foram resgatadas do local. Entre os feridos estão funcionários do governo, acrescentou. O hotel Villa Rose é frequentado por deputados e está localizado em uma área central e considerado segura da capital, a poucos quarteirões da Presidência.

Al-Shabab, um grupo militante afiliado à Al-Qaeda que tenta derrubar o governo central da Somália há 15 anos, reivindicou a responsabilidade pelo ataque. A polícia disse que os homens armados entraram no hotel do distrito por volta das 20h00 (14h00 de Brasília) no domingo. Mais de 12 horas depois, testemunhas garantiram que continuavam ouvindo explosões e tiros.

“Vi muitos veículos militares com forças especiais que se dirigiam ao hotel e, alguns minutos mais tarde, houve fortes disparos e explosões”, disse Mahad Yare, um morador. Em nota no final da noite de domingo, a Missão de Transição da União Africana na Somália (ATMIS), uma força militar de 20.000 efetivos procedentes de todo o continente, elogiou a “rápida” resposta ao ataque. Em seu site, Villa Rose descreve o hotel como a “acomodação mais segura em Mogadíscio”, com detectores de metal e um muro alto no perímetro.

Al-Shabab intensificou os ataques contra alvos civis e militares. O recém-eleito governo da Somália conduz uma política de “guerra total” contra os islâmicos.

 

Por Uol Notícias

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