O Dia do Gari, comemorado nesta segunda-feira (16/5), passará a ser ponto facultativo para os homens e mulheres responsáveis pela limpeza do Distrito Federal. Durante a celebração da data, no Núcleo de Limpeza de Brasília, Avenida das Nações, o governo Ibaneis Rocha (MDB) assinou decreto instituindo a possibilidade de descanso para os 5 mil profissionais encarregados da missão de manter as ruas limpas.

“São quem faz a limpeza da cidade. São exatamente essas pessoas que transformam o DF em uma das cidades mais belas e mais limpas desse país. Nós temos que reconhecer o trabalho desse grupo maravilhoso” assinalou Ibaneis.

Durante a comemoração, foram entregues certificados para os trabalhadores com destaque entre a categoria, a exemplo da profissional mais rápida, Valdirene Monteiro; o representante mais antigos, Alcides Pereira dos Santos, de 74 anos; e a jovem Isabele Sousa da Silva, de 18 anos, que além de manter a cidade limpa, também cursa psicologia.

Diante do exemplo de Isabele, Ibaneis destacou o projeto de capacitação e educação para os garis. “Eu sempre digo que uma das melhores, talvez uma das únicas maneiras de transformar as pessoas, é através dos estudos. Nós temos que incentivar essas pessoas para que voltem aos estudos. O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) oferece um programa de alfabetização para os garis, por exemplo.

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O governo local investe aproximadamente R$ 12 milhões por ano em reciclagem. No entanto, segundo o chefe do Executivo local, ainda falta engajamento da população na coleta seletiva. Para Ibaneis, o descarte consciente é necessário para o DF poupar o Aterro Sanitário e também apoiar as cooperativas de catadores.

As comemorações contaram também com a oferta de serviços públicos, música e comida para a classe homenageada. Segundo o diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira, os profissionais merecem o ponto facultativo e o reconhecimento. “Essa categoria não parou nem na pandemia”, ressaltou.

“É importante saber que o gari é chamado de guerreiro. Porque ele acorda 4h da manhã para deixar a cidade limpa”, completou. Para Vieira, é preciso garantir o orgulho dos garis, com valorização e oferta de estudos. “Eles têm orgulho de ser gari. Tem muita gente estudando. Passaram a ser garis estudados, com oportunidades de crescer e se quiser deixar se ser gari. Mas com orgulho de ser gari e poder pagar a sua faculdade”, pontuou.

Por Metrópoles