Lula discursa em “Festival Lula Livre”

Em discurso no Festival Lula Livre, que ocorreu no Recife no último dia 17, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou não ser um homem que sente raiva, mas voltou a atacar Bolsonaro, o ministro da Justiça Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol.

O ex-presidente afirmou que tem o direito de brigar por justiça, e explicou o papel do partido dos trabalhadores nas próximas eleições. Lula ainda acrescentou “guardar as coisas boas”, referindo-se a Ciro Gomes (PDT), e que as portas estão abertas para Marta Suplicy.

Quando o assunto foi sobre a atuação do atual presidente Bolsonaro, Lula foi direto: “Tô vendo o governo destruir o país. O Bolsonaro fica com essa estupidez, querendo governar com fake news e mentira para todo lado, o Paulo Guedes aproveita e vai vendendo o Brasil, e o país tá sendo quebrado. Desemprego muito alto, salário muito baixo, acabando com educação e investimento em ciência e tecnologia. Até hoje o presidente não foi ver que barco derramou óleo. É como alguém levar um tiro e você primeiro procurar quem atirou, e não socorrer a pessoa.”

O ex-presidente ainda afirmou: “Não me peçam paciência nem com Bolsonaro, nem com Moro e nem Dallagnol. Não é crime querer justiça. Quero recuperar o respeito que ganhei na sociedade brasileira durante a minha vida”.

Lula confessou que controlou os momentos de maior dificuldade quando estava preso: “Eu tava tão nervoso lá dentro, e tentei me dominar para não deixar o ódio tomar conta da minha cabeça. Toda vez que eu ficava nervoso, eu pensava: ‘O povo tá pior do que eu”.

E quando fez a sua defesa à Constituição, o ex-presidente atacou a elite brasileira: “A Constituição não é um papel apócrifo que você pode jogar fora a qualquer momento. Existe uma elite conservadora que hoje enxerga a Constituição como um atraso para o país. Espero que o Congresso tenha a grandeza de não derrubar a prisão após trânsito em julgado.”

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