O Ministério da Educação divulgou ontem (10) a possibilidade de emissão de diplomas digitais para as universidades e instituições. A nova medida visa diminuir os altos custos de emissão de certificado e acelerar as chances do jovem graduado a entrar no concorrido mercado de trabalho. A primeira fase de implantação do diploma digital deve estar disponível para 8,3 milhões de estudantes brasileiros que estão próximos a concluir seus cursos.
“Quando a pessoa se forma no nível superior, o nível de empregabilidade se torna muito elevado. Isso é fruto das oportunidades que estamos criando, é mais um serviço de transformação digital. E vamos corrigir um erro histórico: ficamos muito distantes dos alunos. Mas, cada vez mais, queremos nos aproximar e construir um novo mundo. Um mundo de educação de qualidade”, afirmou o secretário de Educação Superior, Arnaldo Barbosa Júnior.
O projeto-piloto foi criado na Universidade Federal de Santa Catarina e teve como resposta a redução do tempo de emissão de um diploma para 15 dias, ou seja, 84% menor que os 90 dias estabelecidos pela maior parte das universidades e instituições do país. Mas a nova medida não está disponível ainda para cursos de pós-graduação, mestrados e doutorados.
A economia aproximada para as instituições que optarem por emitir diplomas digitais deve ser de R$ 48 milhões ao ano. “O preço de emissão de um diploma digital físico é de R$ 390,26. A versão digital custará pouco mais de R$ 85. O principal ganho é que vamos desmaterializar o papel e criar uma versão eletrônica, que estará disponível em qualquer celular” disse o secretário.
O diploma digital também será certificado com autenticidade pelo MEC, e qualquer pessoa poderá consultar a base de registros digitais que será disponibilizada pelo Ministério. As instituições terão o prazo de dois anos para fazerem a transição completa.
O aluno poderá ter acesso a uma versão padronizada do diploma, que manterá o estilo visual dos diplomas, e poderá ser acessada a qualquer momento via site ou aplicativo de celular.
O ex-aluno que já concluiu a graduação e tiver interesse no seu diploma digital poderá solicitar a 2ª via do documento, com pagamento das taxas solicitadas pelas instituições.