O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comentou nesta quarta-feira (29) o resultado dos indicadores da Transparência Internacional que medem a percepção sobre corrupção no mundo todo.

A Instituição realiza um levantamento anual com 180 países, escutando empresários, estudiosos e executivos sobre a atuação do setor público no combate à corrupção. O ranking mostrou que o Brasil atingiu o 106º lugar, a pior colocação desde o ano de 2012.

“Eu vi com certo pesar na semana passada os resultados dos indicadores da Transparência Internacional, que revelam algo que já vinha de outros anos, apesar de todos os esforços que o Brasil tem realizado contra a corrupção nos últimos anos, é com uma certa tristeza que a gente vê que a percepção pouco mudou”, disse Moro.

O ministro participou hoje do lançamento de um canal direto entre governo e a Câmara Internacional do Comércio no Brasil, para facilitar o combate a crimes como lavagem de dinheiro e corrupção, e ressaltou que o combate à corrupção estagnou no Brasil.

“Acho que a reação em relação a esse tipo de pesquisa [da Transparência Brasil] não deve ser de resignação, deve ser ao contrário, nós percebemos que temos de fazer mais, muito mais”, disse o ministro. “Nós temos que tirar desse episódio a lição correta. Temos que fazer mais”.

O ministro da Justiça afirmou que “poucos países no mundo fizeram o que o Brasil fez” para controlar a corrupção. Ele citou como exemplo prisões e condenações da operação Lava Jato.

Moro também elogiou o presidente Bolsonaro e o Congresso Nacional, pela aprovação de mais medidas de combate à corrupção, ressaltando que o mesmo rompeu com o loteamento político de cargos na alta administração e que isso justificava a presença dele e de outros ministros técnicos na composição da equipe ministerial. “O presidente teve esse grande mérito de romper com isso. Aliás isso que explica a minha presença no ministério”, concluiu.