A apuração final da reforma constitucional que autoriza Vladimir Putin a permanecer no poder até 2036 foi validada pelos russos com 77,92% dos votos, e foi divulgada nesta quinta-feira (2). A Comissão Eleitoral anunciou que os votos contrários à reforma alcançaram 21,27%. A taxa de participação no referendo foi de quase 65%.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, comemorou: “nível de participação e um apoio extremamente elevados” e considerou que as mudanças constitucionais serão “a base de um futuro melhor.”
O principal opositor, Alexei Navalny, chamou a votação de enorme mentira e pediu a seus partidários uma mobilização nas eleições regionais em setembro. Entre as reformas constitucionais solicitadas por Putin, figura em especial uma que abre o caminho para sua permanência no poder até 2036. O mandato do atual presidente russo vai até 2024.
Além da polêmica questão, as mudanças reforçam algumas prerrogativas presidenciais, como as nomeações e demissões de juízes, além de incluir outras medidas, como a inclusão na Constituição da “fé em Deus” e o matrimônio como instituição heterossexual.