Em rápida entrevista aos jornalistas nesta segunda-feira 28 em Riade, Arábia Saudita, o presidente Jair Bolsonaro demonstrou estar atento aos protestos que ocorrem no Chile, e aos impactos desses movimentos na agenda dos órgãos de inteligência brasileira.
“O que poderia acontecer é algo semelhante ao que acontece no Chile. Está um pouco descartado desta forma, mas existe toda e qualquer preocupação. Meu governo não pode deixar de se antecipar aos problemas. Isso faz parte de qualquer país do mundo: é saber como setores da sociedade estão se comportando para você poder negociar com antecedência”.
Na última sexta-feira 25, cerca de 1 milhão de pessoas foram às ruas de Santiago para protestar, fechando uma semana repleta de protestos no Chile. O presidente Sebastián Piñera chegou a pedir, no dia seguinte, que todos os seus ministros colocassem seus cargos à disposição.
O presidente Jair Bolsonaro retorna ao Brasil no dia 31. Ontem ele se reuniu com Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro do Reino da Arábia Saudita, para depois encontrar-se com o rei Salman Bin Abdulaziz Al-Saud na quarta-feira. O motivo da viagem tem pauta econômica: atrair investimentos da Arábia Saudita nos leilões do pré-sal, em projetos de concessões e privatizações para obras do PPI e exportações de frango.