Divulgado nesta quarta-feira (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o novo recorde de produção de grãos, que bateu a casa dos 248 milhões de toneladas produzidas entre o período de 2019/2020. O aumento registrado foi de 2,5%, 6,1 milhões a mais comparado ao período 2018//2019.
“As condições climáticas, que apresentaram certa instabilidade no início do plantio de verão na maioria das regiões produtoras, tomaram agora um ritmo de normalização. A perspectiva é que os níveis de produtividade apresentem bom desempenho nessa etapa”, diz a companhia.
Os bons resultados se devem especialmente ao excelente desempenho dos financiamentos para o setor, isso de acordo com o secretário substituto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz de Araújo. “Nunca se teve uma liberação e contratação tão forte de crédito oficial como o registrado nos primeiros seis meses do plano safra (julho a dezembro)”.
De acordo com os números da Conab, a soja, que vem aumentando o crescimento, deverá registrar nessa temporada 6,3% de aumento em comparação ao período anterior, chegando aproximadamente 122,2 milhões de toneladas.
Já a primeira safra do milho poderá atingir 1,1% na área semeada, o que apresentará um total de 4,15 milhões de hectares e uma produção de 26,6 milhões de toneladas. “A favor desse desempenho, há fatores como o aumento nas exportações brasileiras do cereal e no mercado interno, derivados da demanda por confinamento e produção de etanol, mesmo a despeito da concorrência com a soja”.
O algodão ficou com uma variação positiva menor que 2,7%, atingindo 1,6 milhão de hectares. O caroço deve atingir 4,1 milhões de toneladas.
A primeira safra do feijão poderá ter redução de 1,9% na área plantada, também em comparação com a temporada passada. Isso mostra que a plantação de feijão perdeu espaço para a soja e o milho que demonstram melhor rentabilidade. “Também o trigo, cuja safra está finalizada, deve alcançar 5,15 milhões de toneladas e redução de 5% em relação a 2018. O arroz apresenta tendência para uma redução de 0,7% na área e produção de 10,5 milhões de toneladas”.