Números do sistema prisional confirmam superlotação no Brasil

O Departamento Penitenciário Nacional divulgou nesta sexta-feira (14) que o Brasil possui pouco mais de 770 mil pessoas encarceradas em unidades prisionais e nas delegacias. A estatística refere-se a junho de 2019.

O número de presos nas unidades carcerárias chegou a 758.676, e quase metade permanece em regime fechado, totalizando 348.371 pessoas. Os encarcerados que ainda não foram condenados compõem o segundo maior contingente, sendo 253.963 deles, o que representa 33,47% do total, seguidos pelos presos no semiaberto, 16,63%, somando 126.146 e os que estão no regime aberto, 27.069, totalizam 3,57% do total. Os presos que estão em medida de segurança ou em tratamento ambulatorial somam 3.127.

Os números apontam que 90% dos presos são do sexo masculino, e as mulheres representam pouco mais de 8%.

Os crimes relacionados às drogas estão entre os de maior ocorrência, com quase 40%. Em seguida destacam-se os presos condenados por crimes contra o patrimônio, que correspondem a 36,74% do total. Já os crimes cometidos contra pessoa somam 11,38% e os crimes contra a dignidade sexual representam 4,3%.

“Não temos muitos presos no Brasil, na verdade temos poucas vagas. O problema não é quantos presos você tem, mas o que você faz com os presos que possui. Tem que ter trabalho.” Afirmou o diretor-geral do Depen, Fabiano Bordignon durante a apresentação dos dados.

Bordignon informou que o governo está trabalhando para reduzir o déficit de vagas nos presídios, pois os números mostram que faltam mais de 300 mil vagas nas unidades carcerárias e as vagas disponíveis são 461.026. A expectativa é que sejam criadas 20 mil vagas ainda este ano. Além disso, também será prioridade investir em projetos com foco na formação profissional dos presos e na atenção aos egressos. “O trabalho é uma possibilidade, uma ferramenta de tomada de controle”.

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