Uma organização de direitos humanos de Burkina Faso acusou o exército de matar pelo menos 25 civis nesta semana, incluindo mulheres e um bebê, no leste do país, segundo um comunicado recebido hoje pela AFP. Nem o exército nem o governo reagiram às acusações.
O leste de Burkina Faso é uma das regiões do país mais afetadas pela violência de grupos jihadistas, contra os quais o exército luta. O CISC (Coletivo contra a Impunidade e Estigmatização das Comunidades) disse na nota que foi procurado por vários familiares de vítimas que denunciaram “execuções sumárias de civis atribuídas a órgãos das FDS (Forças de Defesa e Segurança de Burkina Faso)” em três cidades.
As execuções teriam ocorrido após um comboio de várias centenas de veículos ter passado por estas cidades, escoltado por dezenas de outros veículos a bordo que eram das FDS em uniforme militar, segundo o CISC. Segundo a ONG, testemunhas descreveram as vítimas como “civis desarmados”. A organização disse que vai continuar compilando informações para levar todos os responsáveis à justiça.
Burkina Faso sofre uma série de ataques de grupos jihadistas ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico desde 2015, que deixaram milhares de mortos e pelo menos dois milhões de deslocados.
Por Uol Notícias
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