Em vistoria na usina nuclear de Chernobyl, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, classificou a situação do local como “absolutamente anormal e muito, muito perigosa”
A usina foi ocupada por tropas russas por várias semanas. A agência atômica da Organização das Nações Unidas (ONU) realiza uma missão especial para entregar equipamentos, realizar avaliações radiológicas e restaurar sistemas de monitoramento de salvaguardas.
Segundo a ONU, essa é a primeira missão de assistência completa de especialistas em segurança, proteção e proteção à Ucrânia. O grupo saiu de Viena, capital da Áustria, e chegou à central nuclear de Chernobyl nesta terça-feira (26/4).
Em março, o governo ucraniano pediu missão para “assistência técnica urgente a fim de garantir a segurança das instalações nucleares do país e ajudar a evitar um acidente que possa colocar em risco as pessoas e o meio ambiente”.
O Exército do presidente Vladimir Putin teria, segundo a Ucrânia, circulado na região com veículos de artilharia pesados, o que levantaria “poeira radioativa”.
O chefe da usina, ao longo da ocupação, declarou que ocorreram “vários problemas” nas instalações nucleares e alertou sobre os riscos dos incêndios na zona de exclusão.
Em 1986, ao menos 31 pessoas morreram imediatamente por causa de uma explosão no local. Outras dezenas foram vítimas anos após receber a radiação.
Tropas russas tomaram o controle de Chernobyl dias depois do início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro. Eles permaneceram no local por mais de um mês.
Por Metrópoles