Policiais Federais da Delegacia de Repressão à Corrupção e Desvios de Verbas Públicas deflagraram, na manhã desta quinta-feira (17/3), a Operação Volátil II, que apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, além de fraude licitatória. A PF apura a suposta atuação de um grupo criminoso que, mediante o pagamento de propina, adquiriu 400 mil frascos de 500 ml de álcool em gel pela Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo, em contratação com indícios de fraude e superfaturamento. Um agente público é alvo da investigação.
Após a primeira fase da operação, em 2021, estão sendo cumpridos nesta manhã cinco mandados de busca e apreensão na Grande Vitória (ES), uma ordem de afastamento cautelar da função pública de agente ocupante de cargo comissionado do governo do estado e o sequestro de bens e valores na ordem de R$ 6 milhões que incluem imóveis, veículos e valores apurados em contas bancárias no nome dos investigados.
Entenda o esquema:
Na primeira fase, deflagrada em 7 de junho de 2021, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em residências e empresas nos municípios de Vitória e Vila Velha e em Macaé e São Fidelis, ambas no Rio de Janeiro, que culminaram na apreensão de farta documentação e equipamentos de mídia.
Segundo a Polícia Federal, a partir da análise deste material, foi possível reunir importantes elementos que demonstram não somente os indícios de irregularidades no procedimento de aquisição de álcool em gel, mas também o fluxo de valores recebidos por diversas pessoas envolvidas na contratação, inclusive, por parte do ocupante do cargo comissionado do governo do ES. Tudo teria ocorrido mediante atos de corrupção com a contrapartida de quantia em dinheiro muito expressiva, envolvendo o uso de verba federal destinada ao enfrentamento da pandemia de Covid-19.
As investigações prosseguem com a análise dos materiais apreendidos visando identificar outros envolvidos no esquema de corrupção, bem como outros esquemas de corrupção estruturados pelo grupo investigado.
Por Metrópoles