O presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, afirmou, nesta sexta-feira (6/5), que a estatal manterá a política de seguir os preços praticados pelo mercado para os combustíveis. A fala ocorreu durante participação do executivo em reunião da empresa para apresentar o balanço financeiro do primeiro trimestre.
Nessa quinta (5/5), a empresa anunciou lucro líquido de R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado ficou muito acima do R$ 1,16 bilhão atingido no mesmo período de 2021. Na comparação anual, a elevação foi de 3.718,4%.
Segundo Coelho, os resultados correspondem a uma “gestão responsável que tem sido feita nos últimos anos”. “Não podemos nos desviar da prática de preços de mercado. É uma condição necessária para a geração de riqueza não só para a empresa, mas para toda a sociedade brasileira, fundamental para a atração de investimentos do país e para garantir o suprimento dos derivados que o Brasil precisa importar”, disse o presidente da estatal.
A notícia do crescimento vertiginoso no lucro da estatal provocou reação do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em live, o mandatário do país disse que é um “crime” e um “estupro” a empresa ter um lucro “abusivo” em períodos de crise. “Faço um apelo: Petrobras, não quebre o Brasil”, disse Bolsonaro, aos gritos.
“Eu não posso entender, a Petrobras durante crise da pandemia e a guerra lá fora, a Petrobras faturar horrores. O lucro da Petrobras é maior que a crise. Isso é um crime, é inadmissível”, afirmou Bolsonaro.
Na live, o chefe do Executivo federal apelou para que a petroleira não anuncie um novo reajuste nos preço dos combustíveis, pois o “momento é de guerra”, e o país pode “quebrar”.
A expectativa do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) era de que o lucro da Petrobras, no primeiro semestre deste ano, chegasse aos R$ 42,6 bilhões.
No trimestre, a receita de vendas ficou em R$ 141,641 bilhões, alta de 64,4% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. A escala no valor é ligada ao conflito na Ucrânia, que impulsionou aumento no preço do petróleo.
No primeiro trimestre deste ano, a estatal registrou a venda de 2,46 milhões de barris de petróleo e gás natural equivalente (boe) por dia. Os números são quase iguais ao patamar dos 2,45 milhões de barris do mesmo período do ano passado.
De acordo com o último balanço da estatal, a venda de derivados no primeiro trimestre teve escalada de 2% se comparado ao mesmo período do ano passado. A comercialização da gasolina teve alta de 17,3%; já o diesel sofreu 2,1% de queda.
Por Metrópoles
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