Cerca de 46% da população brasileira entre 20 e 79 anos, aproximadamente 7,7 milhões, não sabe que têm diabetes. Essa é a conclusão do Atlas do Diabetes, publicada na quinta – feira (14), pela IDF (Federação Internacional de Diabetes). Esse número alarmante coloca o país no 6º lugar no ranking dos territórios em que há falta de diagnóstico.
A doença se torna bastante perigosa se não controlada. Períodos longos de hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue) pode, por exemplo, danificar órgãos, nervos e vasos sanguíneos de maneira irreversível.
É de extrema importância estar atento aos sintomas e realizar os exames de prevenção e monitoramento. Entre os sinais mais comuns estão sede e fome excessivas, aumento da frequência urinária e infecções de bexiga ou pele.
Veja outros sintomas:
– Fadiga;
– Visão turva;
– Perda de sensibilidade ou formigamento nos pés ou nas mãos;
– Feridas que demoram muito para cicatrizar;
– Perda de peso sem razão aparente;
O diagnóstico é simples, apenas com uma gota de sangue é possível ver o nível de glicose no sangue (glicemia). O resultado é considerado normal quando está igual ou abaixo de 99mg/dl na dosagem feita em jejum de 8 horas. Quando o resultado fica entre 100 e 125 mg/dl, significa que a glicemia está alterada e o paciente pode ter pré-diabetes.
O pré-diabetes não é uma doença, e sim um alerta de que o paciente tem o potencial para diabetes. Precisará controlar a dieta, o peso e fazer exercícios físicos para que o quadro seja revertido. As manifestações surgem rápido no diabetes tipo 1. No tipo 2, a evolução pode levar anos e, muitas vezes, não existem sintomas ou eles simplesmente são tão leves que o individuo só descobre quando há complicações.
O tratamento é feito com o acompanhamento de endocrinologista, nutricionista, educador físico, psicólogo e outros especialistas. O objetivo é que a glicemia em jejum fique em torno de 100 mg/dl, e em 140 mg/dl duas horas após a refeição.