Raízen e Shell fecham acordo para produção de etanol de 2ª geração

A empresa de bioenergia Raízen e a petrolífera Shell anunciaram, na segunda-feira (7/11), um acordo de dez anos para a produção de 3,3 bilhões de litros de etanol de segunda geração (E2G).

A Shell controla a empresa, ao lado do grupo Cosan. O objetivo da companhia é se tornar a maior produtora e vendedora de etanol feito a partir de resíduos.

 
 

A operação faz parte da estratégia de posicionar a Raízen como protagonista no segmento de transição energética. Este foi um dos compromissos feitos aos investidores durante o processo de abertura de capital da empresa.

Em agosto do ano passado, a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Raízen movimentou R$ 6,9 bilhões.

Pelo acordo, a Raízen terá de construir cinco novas fábricas de etanol celulósico entre 2023 e 2027, ao custo total de R$ 6 bilhões. Cada uma deve levar 22 meses para ficar pronta. O início da produção deve ocorrer em 2025.

Caberá à Shell a compra de 80% da produção – o restante poderá ser comercializado com outras empresas. Durante a vigência do contrato, a Raízen deve receber cerca de 3,3 bilhões de euros (mais de R$ 15 bilhões).

O etanol de segunda geração tem a mesma composição química do etanol comum. A diferença é que ele utiliza o bagaço restante da produção de açúcar e etanol comum para a produção de mais etanol.

Em relação ao etanol comum, o etanol de segunda geração emite cerca de 80% a menos de gases de efeito estufa. Na comparação com a gasolina, o índice sobe para 93%.

 

Por Metrópoles

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