Rússia diz investigar explosão em depósito de petróleo em Bryansk

O governo da Rússia disse hoje que investiga as causas de um incêndio de grandes proporções em uma instalação de armazenamento de petróleo na cidade de Bryansk, localizada a 154 quilômetros a nordeste da fronteira com a Ucrânia, segundo a agência de notícias Reuters. Não há informações sobre feridos.

Nas redes sociais, circulam imagens de duas explosões com chamas de grandes proporções, em torno de um reservatório de combustível.

Em comunicado, o Ministério de Situações de Emergência da Rússia afirmou que o incêndio começou por volta das 2 h (horário de Moscou) em uma instalação de propriedade da empresa de oleodutos Transneftàs e que não houve a necessidade de evacuar nenhuma parte de Bryansk, cidade com 400 mil habitantes. Segundo o governo russo, o incêndio não ameaça ao fornecimento de diesel e gasolina na região de Bryansk, já que havia estoques de combustível suficientes.

Imagens não verificadas de um segundo incêndio, também em Bryansk, circulam nas redes sociais. A agência Reuters diz que, até o momento, não há indicação de que o fogo ou os incêndios estão relacionados à Ucrânia. O governo do presidente russo, Vladimir Putin, enviou dezenas de milhares de militares para invadir o território ucraniano no dia 24 de fevereiro.

Até agora, autoridades ucranianas não se manifestaram. Na semana passada, a Rússia informou que helicópteros ucranianos atingiram prédios residenciais e feriram sete pessoas na região de Bryansk. A Ucrânia não se manifestou, na ocasião.

Rússia protesta contra os EUA A Rússia afirmou ser “inaceitável” que os Estados Unidos continuem a enviar armamentos para a Ucrânia. Ontem, uma reunião entre o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o diretor do Pentágono, Lloyd Austin, definiu uma nova ajuda militar, direta e indireta, no valor de US$ 700 milhões.

“Enfatizamos a inaceitabilidade dessa situação quando os Estados Unidos despejam armas na Ucrânia e exigimos o fim dessa prática”, afirmou Anatoly Antonov, embaixador da Rússia nos Estados Unidos. Ele acrescentou que uma nota diplomática oficial foi enviada a Washington. As informações são da rede de TV britânica Sky News.

O governo dos Estados Unidos iniciou um processo para acelerar o envio de equipamentos militares ao país, com a entrega de armas pesadas, para que a Ucrânia consiga resistir à ofensiva russa na região leste. “Queremos ver a Rússia enfraquecida a ponto de não ter condições de fazer o tipo de coisa que fez ao invadir a Ucrânia”, declarou Lloyd Austin. Desde o início da guerra, que completa hoje 61 dias, os Estados Unidos já enviaram US$ 3,7 bilhões (ou R$ 18 bilhões, na cotação atual) para a Ucrânia, segundo a Sky News.

EUA: ‘Ucrânia pode ganhar a guerra’ A Ucrânia pode vencer a guerra contra a Rússia se tiver as armas certas à disposição, afirmou o diretor do Pentágono, Lloyd Austin, na volta da viagem que fez a Kiev com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, neste final de semana. “O primeiro passo para vencer é acreditar que você pode vencer. E eles acreditam que podemos vencer”, declarou Austin a um grupo de jornalistas, ao falar sobre os ucranianos. “Nós acreditamos que podemos vencer, que eles podem vencer se tiverem o equipamento certo, o apoio adequado”.

A Rússia “já perdeu muita capacidade militar. E muitas de suas tropas, francamente. Queremos que eles não tenham condições de reconstituir rapidamente esta capacidade”, acrescentou.

 

 

Por Uol Notícias

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