Turquia é contra a entrada da Suécia e da Finlândia na Otan

Após a Finlândia e a Suécia confirmarem a intenção de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan (na foto principal ao lado de Vladimir Putin, presidente da Rússia), disse, nesta segunda-feira (16/5), que sua nação não vai aprovar a entrada dos países nórdicos na entidade.

Mais cedo, a Suécia decidiu solicitar formalmente a adesão à aliança militar ocidental, seguindo o caminho da Finlândia – que, no domingo (15/5), anunciou o desejo de se tornar membro da Otan.

Os países do Norte Europeu, que geralmente são neutros, tomaram a iniciativa de aderir ao grupo após a Rússia invadir a Ucrânia.

A Otan é uma organização militar liderada pelos Estados Unidos, e tem a Turquia entre seus membros. Para que a Finlândia e a Suécia realmente integrem a entidade, além de um longo processo de adesão, é necessário que haja apoio unânime dos países integrantes.

Mas por que a Turquia é contra a adesão?

Erdogan alegou que a Suécia e a Finlândia eram “o lar de muitas organizações terroristas”, referindo-se principalmente a militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, legenda conhecida como PKK.

O PKK é um grupo guerrilheiro curdo, que por décadas combateu uma insurgência separatista em partes da Turquia. O grupo foi designado pelos Estados Unidos como uma organização terrorista em 1997.

A Turquia assinalou que deseja que os países nórdicos interrompam o apoio a militantes curdos em seu território e suspendam as proibições de venda de algumas armas.

Otimismo

A reação da Turquia não foi vista com surpresa. Isso porque, anteriormente, o líder da nação demonstrou insatisfação com a possível iniciativa dos países nórdicos.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, revelou, no domingo (15/5), que estava confiante de que o grupo poderia “absorver as preocupações” da Turquia e seguir com a adesão dos nórdicos.

“Estou muito confiante de que chegaremos a um consenso sobre isso”, disse Blinken em entrevista coletiva, acrescentando que a Otan é “um lugar para o diálogo”.

 

Por Metrópoles

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