Vida nova: 70% dos animais que estão Zoológico do DF foram resgatados

Cerca de 70% dos animais sob os cuidados do Jardim Zoológico de Brasília foram resgatados. Segundo dados do Sistema Nacional de Gestão da Fauna Silvestre (Sisfauna), até abril deste ano, 523 aves, mamíferos, répteis, entre outros bichos, residem no Zoo, sendo 336 recuperados após terem sido abandonados, maltratados ou simplesmente ficarem órfãos.

Segundo o supervisor de Manejo de Fauna do Zoológico de Brasília, Gabriel Campanati Vicentini, a onça-parda barizada de Loki chegou ao Zoo em 2018, com um grave quadro de pneumonia, depois de ser encontrada em área próxima ao lago Corumbá IV e levada ao posto de Polícia Militar de Samambaia. “Ela exigiu cuidados 24 horas por dia e também precisou de oxigênio. Foram cerca de duas semanas nessa rotina”, conta.

Hoje, o biólogo garante que o felino é 100% saudável, mas não se juntou aos outros companheiros de espécie na parte de exposição por conta de dificuldades de socialização. Sendo assim, ela permanece na área do Hospital Veterinário. “Felinos, de forma geral, são animais solitários. Digamos que o santo não bateu entre Loki e as outras três onças-pardas”, explica. Em agosto deste ano, Loki completará 4 anos.

Outro animal resgatado que faz parte do quadro do Zoo é o cervo-do-pantanal Dudu, hoje com quase 2 anos. O cervídeo foi resgatado dentro de uma fazenda, em Lucas do Rio Verde (MT), quando tinha apenas 2 meses. Ele foi acolhido por moradores, em especial, um adolescente, conhecido por Dudu. Por esse motivo o animal ganhou tal alcunha.

Órfão, Dudu chegou em idade de amamentação à ala veterinária. Ele recebeu leite de cabra ─ alimento disponível mais próximo do produzido pela espécie. Hoje, o cervo-do-pantanal alimenta-se de frutas, legumes e ração.

O cervo faz parte do Programa de Conservação de Espécie. Por conta disso, a equipe responsável tenta aproximação de Dudu com Anita ─ fêmea, nascida em cativeiro ─ para a procriação da espécie.

Gabriel conta que o treinamento recebido por Dudu desde que chegou ao Zoo possibilita a cuidadores colher sangue e corar os cascos do animal. “Chega um biólogo e um cuidador para colher material biológico e realizar exames. Enquanto um alimenta o Dudu, outro aplica a seringa”, disse.

Trabalham no hospital veterinário quatro cuidadores, um biólogo, três veterinárias e uma diretora de nutrição. Além da coleta de material biológico para estudos, são aplicados vermífugos, vacinas e feitos exames de rotina.

 

Por Metrópoles

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